Punição de infiel pode levar Severino à Câmara


O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) poderá voltar à Casa pela porta da frente em função de uma manobra do colega Fernando Rodovalho (PSC-PE), que ontem pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do mandato do deputado federal Marcos Antônio (PRB-PE) por infidelidade partidária. Se o Tribunal acatar o pedido, Severino assumirá o mandato por ser o primeiro suplente da coligação que elegeu o parlamentar.

Em 2005, Severino renunciou à presidência da Câmara e ao mandato para escapar de processo de cassação depois da denúncia de que teria cobrado R$ 137,5 mil do empresário Sebastião Buani em troca de manter autorização para explorar um restaurante na Câmara. Com a renúncia, ele preservou os direitos políticos e tentou regressar à Câmara, mas obteve votação pífia.

Trocas abortadas

Rodovalho descarta a manobra e sustenta que Marcos Antônio continuaria a mudar de partido se não tivesse sido instituída a perda do cargo eletivo para os casos de infidelidade partidária.

O deputado, eleito deputado federal pelo PSC, teria mudado de partido duas vezes em menos de seis meses. A primeira mudança foi antes mesmo de tomar posse em janeiro do ano passado, tendo migrando para o PAN, posteriormente incorporado ao PTB. Em julho de 2007, foi para o PRB.

Rodovalho defende que a perda do cargo do deputado resulte em sua nomeação, já que ele é suplente do PSC, partido que elegeu o parlamentar.

Pelas regras do Tribunal, estão sujeitos à perda de mandato os políticos que deixaram as legendas após 27 de março de 2007 nos cargos proporcionais - deputados estaduais, deputados federais e vereadores - ou 16 de outubro nos cargos majoritários - prefeitos, governadores, senadores e presidente da República.

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