Crédito farto e aumento da massa salarial. Juntos, os dois fatores explicam boa parte da expansão de 9,6% no volume de vendas do comércio brasileiro em 2007. Trata-se do melhor desempenho desde o início da série histórica, em 2001, segundo o IBGE. Em dezembro, contudo, as vendas permaneceram estáveis, com ajuste sazonal. Já a receita nominal acumulou alta de 11,8% no ano passado. Em dezembro, variou 0,4%.
- Um crescimento 10% é espetacular. Em 2007, o volume de vendas do segmento hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 6,4% em relação a 2006 e respondeu por um terço da taxa do varejo no ano.
Na comparação com dezembro de 2006, o volume de vendas cresceu nas oito atividades analisadas pelo IBGE. Destaque para os setores de hipermercados (5,6%), móveis e eletrodomésticos (11,8%), e artigos de uso pessoal e doméstico (17,4%). No caso da receita nominal, o avanço foi de 13,1%.
Fecomércio-RJ: crescimento mais brando em 2008
Para Lopes, a estabilidade em dezembro frente a novembro não é uma inversão de tendência. Segundo ele, pode ser um reflexo de compras antecipadas devido a, por exemplo, crédito:
- Se foram mantidos cenário internacional, níveis de investimento e outras variáveis, como PIB, não há nada que coloque o comércio para baixo. Mas pode haver uma quebra de ritmo do comércio.
Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ, espera um "crescimento mais brando do comércio" em 2008:
- As concessões de crédito continuarão a crescer, só que a uma taxa um pouco inferior à de 2007. O motivo é a criação de um recolhimento compulsório para as empresas de leasing e o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para os bancos, que poderão inibir a expansão do crédito.
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