Marta e Serra sob investigação


A pedido do Ministério Público Federal, o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para apurar supostos crimes decorrentes de irregularidades na contratação de um consórcio formado por quatro empresas para a instalação e funcionamento da central de atendimento pelo telefone 156, na gestão da ex-prefeita petista de São Paulo, a atual ministra do Turismo Marta Suplicy. O inquérito, provocado por uma petição do MPF, de outubro do ano passado, envolve também o então prefeito José Serra (PSDB), que autorizou uma das empresas - a Atento Brasil S/A - a continuar os serviços que eram prestados pelo consórcio e, meses depois, restaurou-o.

De acordo com a petição, durante o mandato da prefeita Marta Suplicy foi feita licitação para a central de atendimento, da qual resultou um contrato de 12 meses, a partir de 17/9/2002, com o consórcio formado pelas empresas Perform Informática, Voz Comunicação Estratégica, Optiglobe Comunicações e Atento Brasil. O contrato foi aditado por três vezes, e a Procuradoria-Geral da República estima que gerou um prejuízo de R$ 14 milhões para o município de São Paulo. O inquérito corre no STF porque, como ministra de Estado, Marta tem direito a foro privilegiado.

Em 27/9/2005, ainda segundo a petição do MPF, já na gestão de José Serra, a prefeitura manifestou a necessidade de ser mantida a execução dos serviços da central e posicionou-se pela contratação emergencial da Atento Brasil. Foi dada então, pela Secretaria Adjunta Municipal de Gestão, autorização para a contratação, sem licitação, da Atento Brasil S/A. Em novembro do mesmo ano, o consórcio voltou a ser contratado, tendo em vista a "ampliação dos atendimentos telefônicos".

O MPF pediu uma série de diligências para esclarecer os fatos

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