Ellen Gracie e a Corte de Haia


A ministra Ellen Gracie tem o apoio do Presidente Lula para integrar a Corte Internacional de Haia, mas não vai disputar como "candidata" a vaga com o jurista Antônio Cançado Trindade, ex-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que é professor do Instituto Rio Branco, do Itamaraty, e da Universidade de Brasília.

Ela deixa a presidência do Supremo Tribunal Federal no dia 23 de abril, e voltará a ocupar suas cadeiras no plenário e na 2ª Turma do tribunal. Ellen Gracie só se aposentará se for indicada formalmente para o cargo de juíza em Haia.

Até agosto

O prazo para as indicações à Corte de Haia termina em agosto e o Brasil só pode indicar um nome para a vaga. Cançado Trindade lançou-se candidato com o apoio do secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, segundo informações correntes no Supremo. Mas o seu nome não seria visto com bons olhos pelos governos dos Estados Unidos e da França, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A ministra Ellen Gracie não comenta o assunto nem com seus assessores mais próximos. Mas, nas últimas duas semanas, recebeu em seu gabinete, além do chanceler Celso Amorim, os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Fazenda, Guido Mantega. Os dois últimos, ao saírem dos encontros, negaram-se a informar o que foram tratar com a presidente do STF. Ambos disseram que se tratava de "assunto reservado".

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