A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ontem, durante o Fórum Portugal 2008, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), que é preciso conter a alegria com a possível existência do megacampo de Carioca, na Bacia de Santos, alardeado segunda-feira pelo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima. A acumulação seria cinco vezes maior que o campo de Tupi.
– O entusiasmo é natural, pois o Brasil passa por um momento de felicidade naquilo que se refere à energia do país, que se supera a cada ano. Essa alegria é natural, só temos de segurar essa felicidade até termos os dados técnicos em nossas mãos, pois são milhares de dados – explicou Foster. – É preciso analisar o reservatório, são várias fases até entrar em contato com a ANP.
Muito cautelosa, Foster disse ainda não poder dar informações sobre a zona do pré-sal porque a Petrobras não chegou até o local. Porém, informou que o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrela, estipulou prazo de três meses para a apresentação de um diagnóstico. A diretora da Petrobras disse ainda que o país pretende se tornar exportador de gás.
Investimentos no Brasil
O diretor-geral da Galp Energia, subsidiária da portuguesa Petrogal, Ricardo Peixoto, anunciou que futura parceria entre a empresa e a Petrobras possibilitará a produção de 600 mil toneladas anuais de óleo vegetal.
– Nos próximos meses, fecharemos uma joint venture para produzir óleo vegetal – explicou Peixoto, que evitou dar detalhes como prazos e investimentos. Segundo ele, desde 1999 a Galpe já investiu mais de US$ 170 milhões no Brasil e pretende "investir mais".
– Um investimento ínfimo perto do que esperamos ter em rentabilidade – adiantou.
Segundo ele, o valor das ações da empresa quadruplicou desde a descoberta de Tupi. A Galp participa com pequenas porcentagens de quatro dos principais blocos localizados no pré-sal na Bacia de Santos, entre eles o campo de Tupi.
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