"A Amazônia já tem dono", diz presidente sob aplausos


Falando para uma platéia de empresários, professores, o prêmio Nobel de economia Edmund Phelps e dois governadores – Jaques Wagner, da Bahia, e Sérgio Cabral, do Rio – Lula foi enfático na defesa da soberania do país sobre a Amazônia.

– A Amazônia tem dono – frisou o presidente no único momento em que arrancou aplausos da platéia.

Aludia aos países que, segundo ele, são responsáveis por "70% da poluição mundial e agora ficam de olho na região" devido ao desmatamento.

Lula voltou a falar em defesa do etanol brasileiro. O argumento é a importância da contribuição do combustível alternativo diante de um mercado fragilizado pelos fortes desequilíbrios de oferta e demanda.

Defendeu também o papel do país na nova ordem mundial, em que vários países em desenvolvimento estão crescendo a um ritmo mais vigoroso do que as economias tradicionais e manifestou sua crença no sucesso da reunião de cúpula da Unidade das Nações Sul-Americanas (Unasul), realizada ao final da semana passada. Em mais de 40 minutos, seu discurso comportou, ainda, críticas dirigidas a economistas pessimistas que erraram projeções, à imprensa, à política ambiental de alguns países desenvolvidos e a empresários.

Falência

Para Lula, o protocolo de Kyoto faliu: "Quem teria algo a fazer, nem chegou a referendar o acordo multilateral. Nós já retiramos 800 milhões de CO2 do ar e oferecemos ao mundo um combustível não poluente, que é o etanol de cana-de-açúcar", provocou.

Segundo o presidente, os donos da Amazônia são os índios, os seringueiros e o povo que tem consciência da importância da diminuição do desmatamento. Lula frisou, ainda, que a região tem 25 milhões de habitantes que têm direito a acessar os bens de que outros brasileiros já dispõem. "Por que eles teriam de ficar segregados do desenvolvimento?", perguntou.

O etanol foi objeto de várias considerações no discurso. "O Brasil oferece ao mundo o etanol", afirmou, ressaltando suas qualidades em eficiência energética, custo e produtividade:" Vamos convencer o mundo de que esse biocombustível pode ajudar a diminuir a crise energética, a poluição e também a inflação", declarou.

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