Especialistas destacam forte dinamismo econômico brasileiro


O prêmio Nobel de Economia de 2006, o professor Edmund Phelps, reafirmou, ontem, que a política de dinamismo, inclusão social e desenvolvimento são os três pilares básicos para a construção de uma sociedade justa, e que o Brasil, hoje, tem bastante dinamismo econômico e deve aproveitar o momento com forte demanda mundial pelas commodities para crescer.

Segundo Phelps, que participou ontem do 20º Fórum Nacional no Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o que mede o dinamismo econômico não é o crescimento do PIB, e sim os avanços de produtividade, que permitem a inovação nas empresas e a um maior nível de satisfação dos trabalhadores.

Para Roger Cohen, colunista do New York Times, o Brasil dispõe dos quatro elementos necessários a uma alquimia econômica. Segundo Cohen, o futuro do país é agora, pois centenas de milhões de pessoas saíram da linha da pobreza. "Muita gente está experimentando carne e café", disse.

O colunista ressaltou, também, a abundância de recursos naturais do Brasil, que é um ativo valorizado e beneficiará a demanda mundial: "um mundo faminto por alimentos e energia", destacou.

Para Cohen, o etanol é a única alternativa viável para substituir os combustíveis derivados do petróleo nos próximos 20, 30 anos.

Japão e educação

Um século depois da chegada dos primeiros imigrantes japoneses no porto de Santos, o embaixador do Japão no Brasil, Ken Shimanouchi, destacou o aumento da economia bilateral entre as duas nações.

Segundo Ken, o Brasil ampliou sua presença no mercado global. O PIB brasileiro, hoje, ocupa 10º lugar no ranking mundial, e o país está entre as quatro economias mais importantes do mundo até 2050.

– A vulnerabilidade externa foi suplantada quando o país passou a ser credor – relembrou o embaixador. – O grau de investimento recebido há poucas semanas também exemplifica os bons resultados brasileiros.

Para Ken, o Japão teve de rever a posição em relação ao Brasil, que já adotou a tecnologia japonesa para a TV digital e que quer fazer negócios relacionados aos biocombustíveis.

O professor da Universidade de Columbia (EUA), Albert Fishlow, também considerou que o Brasil está no caminho certo. Antes, o "B" dos Bric era descartado. Hoje, isto não ocorre mais. Mas ressaltou a premente mudança no sistema educacional, fruto do sucesso asiático.

A taxa de investimento do PIB destes países, contudo, está acima dos 25%. O Brasil, timidamente, investe em torno de 18%", disse.

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