O desaparecimento de uma carga do jogo eletrônico PlayStation avaliada em R$ 1 milhão de dentro do depósito do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) é o novo alvo dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) de Guarulhos. A suspeita dos promotores é de que o investigador Augusto Pena tenha furtado a carga e a revendido em partes para pelo menos dois compradores. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a testemunha-chave do Gaerco, Regina Célia Lemes de Carvalho, ex-mulher de Pena, disse que ele repassou R$ 100 mil do dinheiro obtido com a carga ao secretário-adjunto da segurança, Lauro Malheiros Neto.
A carga sumiu do depósito do Deic em abril de 2007. Ela havia sido apreendida pelos policiais da Delegacia de Estelionato do Deic, na época comandados pelo delegado Fábio Pinheiro Lopes. Tratava-se de uma investigação que envolvia Marcos Antônio Tobal e pelo menos cinco de seus familiares.
O Deic havia recebido a incumbência de ir atrás de informações levantadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) durante a Operação Têmis, que investigou esquema de venda de liminares para bingos em São Paulo. Segundo Regina, Pena subornou um funcionário do depósito de mercadorias apreendidas do Deic e teria retirado a mercadoria de madrugada. A testemunha afirmou que presenciou a negociação da carga e disse que, após sua venda, os parceiros de Pena no Deic ficaram furiosos. É que era o nome deles que aparecia no auto de apreensão.
Regina, foi quem procurou o Gaerco com 200 CDs repletos de escutas telefônicas que, segundo os promotores confirmaram, eram usadas por Pena para extorquir dinheiro da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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