Mesmo com a rejeição de parte do PSDB à candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo, tucanos vêem com cuidado o uso político de corrupção envolvendo o metrô na eleição municipal, para atingir o ex-governador e candidato do partido. A determinação dada pelo governador do Estado, José Serra (PSDB), a seus auxiliares é que não escondam irregularidades, caso encontradas, envolvendo Alckmin. Ao mesmo tempo, o governo pede cautela na divulgação de denúncias, com temor de que elas fortaleçam a candidatura do PT.
A gestão de Alckmin no metrô foi colocada sob suspeita com a denúncia de suposto pagamento de propina da empresa Alstom a autoridades paulistas, para ganhar contrato de US$ 45 milhões de expansão do metrô. A investigação está sendo feita por autoridades francesas e suíças e envolve o período de 1995 a 2003, quando estavam no governo os tucanos Mário Covas (1995-2001) e Alckmin (2001-2006).
O PT viu as suspeitas de irregularidades como forma não só de tentar desgastar Alckmin, mas também de combater Serra. O deputado estadual Ênio Tatto (PT) encaminhou ofício à superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, solicitando detalhamento da investigação. Para Tatto, a suspeita reforça a necessidade de uma CPI para investigar o Metrô. "Na Assembléia não conseguimos investigar nada. Vamos ver se agora sensibilizamos os deputados. As denúncias contra o Metrô viraram moda e a cada mês aparece uma." O líder do PSDB na Assembléia, Samuel Moreira, contestou o petista e disse que "ainda não existem fatos reais que justifiquem a abertura de uma CPI".
No período investigado, o metrô disse que existem dois contratos com a Alstom. Um, de US$ 75,9 milhões, foi contratado em 1997 para a extensão Oeste da Linha 2-Verde". O outro, de US$ 539,3 milhões, corresponde à implantação da Linha 4-Amarela, e foi contratado em 2003.
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