O Brasil ultrapassou no mês de maio a marca dos 30 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, isso mostrar a pujança da economia brasileira.
No mês passado foram criados 202.984 empregos com carteira assinada, queda de 0,76%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com abril deste ano, houve crescimento de 0,68%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o número chega a 1,052 milhão de empregos, recorde na série histórica do Caged, iniciada em 1992. Nos últimos 12 meses foram gerados 1,756 milhão de empregos, resultado 6,21% superior ao verificado no ano encerrado em maio de 2007.
Segundo Lupi, a queda na geração de empregos formais de um ano para o outro ocorreu, principalmente, devido à mecanização do setor sucroalcooleiro e à sazonalidade das lavouras de cana-de-açúcar em Alagoas. O estado perdeu mais de 7 mil postos de trabalho em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado.
O setor de serviços foi o principal responsável pela criação de empregos formais em maio. Em números absolutos, o setor teve um incremento de 55.361 postos de trabalho, o que corresponde a um crescimento de 0,47% em relação a abril. Na comparação com maio de 2007, a elevação foi de 0,36%. No acumulado do ano, o setor registrou crescimento recorde na série histórica do Caged, com a geração de 365.377 postos, 3,2% a mais do que o mesmo período do ano anterior. Outro destaque foi o setor agrícola, responsável pela criação de 47.107 postos de trabalho.
Segundo o ministro, o crescimento dos setores de serviço e da construção civil comprova o aumento do poder de compra das classes mais baixas. "Continua sendo forte a indústria de transformação, construção civil, com recorde em todo o período do Caged. Mais uma vez, provando [o crescimento] do poder aquisitivo de quem ganha menos de três salários mínimos porque está comprando a casa própria, conseguindo financiamento e comprando mais do que anteriormente."
Na comparação por estado, o Caged revela que apenas Alagoas (menos 7.645 postos) e Roraima (-299 postos) registraram queda na criação de empregos formais. Segundo Lupi, a forte desaceleração em Alagoas é fruto da mecanização da produção e da entressafra do setor da cana-de-açúcar. São Paulo foi o estado que mais registrou crescimento na geração de empregos, com 75.734 novos postos, seguido por Minas Gerais (37.968) e Paraná (16.739).
Inflação
Caros Lupi afirmou que a alta da inflação, apesar de reduzir o poder de compra do assalariado, mostra que a economia está aquecida. "Inflação nunca é bom. Quem perde com inflação é o assalariado. Agora, o percentual de inflação que nós temos não muda muito a configuração do crescimento da economia e da geração de emprego. Agora, tem que estar sob controle", ponderou.
O ministro do trabalho avaliou que o governo tem agido "com muita firmeza" no controle da inflação e, por isso, há um quadro de tranqüilidade em relação à elevação dos preços e aos impactos que a inflação pode gerar na economia do País.
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