Troque a velha


As indústrias de eletroeletrônicos estão negociando com o governo federal um programa de trocas de refrigeradores que tem como objetivo substituir 5 milhões de aparelhos em cinco anos. A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) encaminhou o projeto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e aguarda uma posição oficial do governo.

De acordo com Lourival Kiçula, presidente da entidade, o projeto atribui responsabilidades ao varejo, que recolheria e levaria aos centros de distribuição os refrigeradores usados, e às indústrias, que seriam responsáveis pela retirada dos aparelhos nos centros de distribuição, desmonte e encaminhamento das partes para a reciclagem.

Ainda pelo projeto, o consumidor que devolver o refrigerador usado terá acesso a um bônus que, apesar de não estar definido, teria valor aproximado de R$ 100 no caso da compra de uma geladeira de R$ 900. "Mas as pessoas não trocariam o refrigerador pelo bônus. As novas geladeiras possuem um selo Procel classe A que gera economia de consumo de 40%. É no consumo energético que está a vantagem", contou Kiçula. O projeto não será voltado especificamente para a população de baixa renda, segundo o executivo.

Para financiar a empreitada, a Eletros está negociando com o governo uma linha de crédito especial para o varejo vender ao consumidor em condições especiais e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da contribuição do PIS e Cofins para as indústrias do setor para cobrir os custos para retirada e reciclagem do produto. "Precisamos da boa vontade do governo."
Segundo Kiçula, a substituição pode elevar em 10% as vendas das fábricas, além do crescimento natural do mercado. Sem estabelecer prazo, Kiçula afirmou que espera tirar o projeto do papel ainda este ano.

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