Apagão na empresa privatizado por tucanos


O apagão da Telefônica vai ser analisado e avaliado por um grupo interministerial permanente que trata de situações críticas de infra-estrutura do País. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, disse ter ouvido de técnicos do setor que a pane online guarda semelhanças com o apagão que atingiu todo o País em julho de 1999. Foi quando entrou em operação o chamado Código de Seleção de Prestadora (CSP), sistema que obriga os usuários a incluir o número discado da empresa que fará a ligação interurbana ou internacional. O certo, porém, afirmou ele, é que o "plano B (alternativo) da empresa (Telefônica) falhou".

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, observou que esse tipo de pane já aconteceu em outros países, como nos Estados Unidos e na Europa. "Acho que temos de estar preparados com a rede B, que seria utilizada automaticamente." Segundo o ministro, São Paulo tem rede alternativa, mas ela também foi atingida pela pane.

Sobre a possibilidade de ressarcimento aos clientes pelos prejuízos causados pela pane, Hélio Costa disse que "é uma questão que tem de ser decidida em juízo".

Para Costa, o sistema de transmissão de dados e de internet "é vulnerável", e, por isso, é necessário fazer uma avaliação detalhada do problema, antes de se pensar em punir a Telefônica. "Acho que temos, primeiramente, de apurar o que aconteceu, ver os relatórios técnicos da empresa e da Anatel e depois de tudo isso é que poderemos ver quem é o responsável e se há responsável. Porque há determinadas coisas que são inerentes a todo sistema eletrônico", disse o ministro, depois de participar, com Sardenberg, do lançamento do programa Computador Portátil para Professores, no Palácio do Planalto.

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