Presidente diz que Brasil precisa reduzir a pobreza


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ontem, durante o programa de rádio Café com o Presidente, que o Brasil precisa assumir a responsabilidade pela integração dos países da América do Sul.

Para Lula, o país merece essa posição de destaque porque, no continente, é a nação que tem a economia mais forte, a mais industrializada, e a que tem o maior Produto Interno Bruto (PIB).

– O Brasil tem que assumir definitivamente a responsabilidade pela integração da América do Sul – disse. – É preciso que o Brasil cresça, se desenvolva e que os países vizinhos também cresçam e se desenvolvam, porque aí nós iremos criar um continente altamente desenvolvido com o povo tendo uma qualidade de vida extraordinária.

Para o presidente, ao Brasil não interessa ser apenas um país grande, economicamente forte, se não conseguir, de fato, enfrentar a pobreza.

– É preciso que todos cresçam, que todos tenham condições de se desenvolver – reiterou. – O que nós queremos é construir parcerias. Nós queremos convencer os nossos empresários de que eles não precisam apenas comprar as empresas dos outros países, que eles podem construir associações com os outros países e a gente (pode) fazer a economia crescer como um todo no continente.

O presidente destacou como essa integração deve ocorrer citando a rodovia que está sendo construída em parceria com a Bolívia.

– Essa rodovia que estamos construindo com a Bolívia vai permitir uma integração mais forte dentro do território boliviano, junto com o território brasileiro, e vamos ligar isso à rodovia Interoceânica, que vai ligar o Brasil ao Pacífico – acrescentou.

Velório

O presidente alterou sua agenda na manhã de ontem para participar, em Minas Gerais, do velório do ex-prefeito de Belo Horizonte Célio de Castro, 76 anos. Segundo o Hospital Mater Dei, onde Castro estava internado desde a última sexta-feira, o óbito ocorreu às 10h30 de domingo. O velório ocorreu no saguão da Prefeitura de Belo Horizonte. O corpo do ex-prefeito foi enterrado no Cemitério Parque da Colina, em Minas.

Na Câmara dos Deputados, Castro, conhecido em Belo Horizonte como "Doutor BH" pelos longos anos de exercício da medicina, sempre voltado para os pobres, exerceu as legislaturas de 1987-1991 (pelo PMDB) e 1991-1995 (pelo PSB).

Renunciou ao posto em 1992 para concorrer a vice-prefeito de Belo Horizonte – cargo que ele ocupou em 1993, pelo PSB. Foi eleito prefeito da capital mineira em 1997 e em 2001, quando se licenciou do cargo por motivos de saúde.

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