O emprego na indústria cresceu 0,5% em junho, na comparação com o mês anterior. O avanço compensou o recuo de 0,4% nos dois meses anteriores. Como conseqüência, o acumulado no ano ficou em 2,7%, o melhor resultado para um primeiro semestre desde o início da série histórica, em 2002.
Esses dados constam da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra que a folha de pagamento real de junho manteve-se estável, pois cresceu somente 0,2% em comparação com o mês anterior.
Entre os 14 locais pesquisados, dez aumentaram o contingente de trabalhadores na indústria. Em primeiro lugar Minas Gerais (5,3%), Região Norte e Centro-Oeste (4,1%) e São Paulo (3,6%). Destacam-se também os avanços em 12 dos 18 setores avaliados. Empregaram mais em junho as indústrias de máquinas e equipamentos (10,3%), meios de transporte (9,9%); máquinas, aparelhos eletrodomésticos e de comunicações (12,4%), além de alimentos e bebidas (3,1%).
O crescimento do emprego na indústria em junho ante o recuo nos dois meses anteriores mostra estabilidade do indicador. A avaliação é da economista Isabela Nunes, do IBGE. "O resultado do emprego responde ao bom momento que o setor industrial vem atravessando, porém, ao longo de 2008 mostra estabilidade em patamar elevado", disse Isabela, a responsável pela pesquisa do IBGE.
Apesar do melhor resultado em dois anos na comparação semestral, na comparação trimestral o indicador demonstra arrefecimento. No segundo trimestre deste ano, o índice avançou 2,4% contra 3,1% no primeiro trimestre e 3,5% no último trimestre do ano passado.
Para a economista, o resultado revela uma "perda de ritmo", que não é afetada na análise do indicador durante semestre.
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