Preços de volta à meta, diz mercado


A projeção de analistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a ficar dentro do limite da meta de inflação para este ano. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a estimativa caiu de 6,54% para 6,45%. Essa é a segunda redução consecutiva da média das projeções do mercado financeiro. O centro da meta de inflação é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior, de 2,5%. Para 2009, que tem a mesma meta, a projeção dos analistas permanece em 5%.

A expectativa de menor inflação este ano é acompanhada de projeção de maior aperto monetário. De acordo com o boletim, os analistas aumentaram a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, usada pelo Banco Central para controlar a inflação, de 14,50% para 14,75% ao final deste ano. Para 2009, permanece a perspectiva de 14%. Neste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) já elevou a Selic em 1,75 ponto percentual. Atualmente os juros básicos estão em 13% ao ano.

As projeções para os dois índices que medem a inflação no atacado, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice de Preços do Mercado (IGP-M), caíram de 12,13% para 11,33% e de 12% para 11,04%, respectivamente. Para o próximo ano, a expectativa com relação ao IGP-DI permaneceu em 5,40% e para o IGP-M caiu de 5,50% para 5,48%.

No mercado paulista, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) recuou de 6,53% para 6,48%. Para o próximo ano, a projeção permanece em 4,61%. Quanto aos preços administrados, a estimativa permanece em 3,80%, neste ano, mas subiu em 2009 de 5,09% para 5,13%. A expectativa dos analistas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, permaneceu em 4,80% para este ano, mas foi reduzida de 3,90% para 3,73% em 2009. No que diz respeito ao crescimento da produção industrial, a projeção passou de 5,46% para 5,39%. Para 2009, também diminuiu a expectativa, de 4,50% para 4,40%.

Os analistas estimam que o dólar feche o ano em R$ 1,60, um leve recuo na comparação com a pesquisa da semana passada (R$ 1,61). A estimativa para o superávit comercial subiu de US$ 23 bilhões para US$ 23,10 bilhões e para o déficit em transações correntes passou de US$ 24,90 bilhões para US$ 25 bilhões. Foi mantida a projeção de US$ 15 bilhões para o saldo da balança comercial em 2009, e para o déficit em conta-corrente a estimativa aumentou de US$ 32,70 bilhões para US$ 33 bilhões. A estimativa para o investimento estrangeiro direto passou de US$ 34 bilhões para US$ 34,50 bilhões em 2008 e ficou em US$ 30 bilhões em 2009.

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