Intelbras estréia no mercado bilionário dos celulares


Intelbras, de São José (SC), iniciou na semana passada a venda de celulares com marca própria em lojas de todas as regiões brasileiras. A empresa estima abocanhar 0,4% do mercado nacional num primeiro momento e planeja ocupar o lugar deixado pela Gradiente, que chegou a ter cerca de 10% de market share.

A Gradiente foi uma das primeiras a lançar celulares no Brasil em parceria com a Nokia e mais tarde, no final de 2005, vendeu sua participação à sócia. "A estratégia da Intelbras é a de ingressar em negócios convergentes que ampliam o portfólio voltado a soluções completas de segurança, comunicação e informática", diz o presidente da empresa, Altair Silvestre.

Investimentos

Neste ano está investindo R$ 90 milhões na aquisição de máquinas importadas para testes e montagem de equipamentos, além de capital de giro. Parte do montante é desembolso de recursos próprios e parte é financiada por instituições. Cerca de 70% do valor serão absorvidos pelas áreas de negócio de informática e telefonia móvel. Nos primeiros meses, a empresa está importando os aparelhos celulares da China, onde estão sendo montados, até estruturar a linha de produção na matriz, em Santa Catarina, o que deve ocorrer dentro de cinco meses. O desenvolvimento e o design, no entanto, são próprios da Intelbras.

Estratégia nova

Silvestre diz que a empresa, que é líder no mercado brasileiro de centrais telefônicas, com 60% de participação, e de telefones fixos com fio e sem fio, com 32% de fatia, demorou para entrar no segmento celular porque os negócios sempre estiveram muito atrelados às operadoras do sistema Telebrás, tendo chegado a 85% das vendas. Para poder conquistar clientes, as operadoras móveis se habituaram a fazer compras grandes de telefones junto aos fabricantes, repassando os aparelhos ao mercado consumidor a preços subsidiados."Agora que a maioria dos celulares não tem mais vínculo com as operadoras, nos sentimos motivados a investir", afirma. Outros fatores que pesaram na decisão foram o bom relacionamento com o varejo e a marca forte no mercado corporativo de pequeno e médio portes.

Receita duplicará

Os negócios da Intelbras como um todo estão acelerados. Para 2008, Silvestre afirma que a recei-ta deverá pelo menos dobrar em relação a 2007, quando registrou faturamento bruto de R$ 331 milhões. O primeiro semestre de 2008 fechou com crescimento de 80% em comparação com o mesmo período no ano passado e o segundo semestre será ainda melhor, prevê o executivo.

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