Kassab e Marta enfim abraçam uma mesma bandeira: a gay


De olho no voto dos homossexuais, que só em São Paulo mobilizam paradas gays com até 3,5 milhões de pessoas, os adversários na disputa pela prefeitura Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) abraçaram a mesma e multicolorida bandeira. Enquanto Marta, uma das primeiras políticas brasileiras a defender publicamente a causa, se reunia anteontem com membros da Associação Brasileira de Gays Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), ontem foi a vez de Kassab mostrar respeito e simpatia pelo segmento.

Após ouvir uma pregação contra o homossexualismo por parte do pastor Jorge Linhares, presidente do Conselho dos Pastores de Minas Gerais, Kassab se negou a assinar, durante a abertura da 7ª Expocristã, um documento de repúdio a um projeto que tramita no Senado proibindo a livre manifestação dos evangélicos contra os gays, apesar dos pedidos do deputado estadual Waldir Agnelo (PTB), pastor da Igreja Quadrangular. O prefeito candidato à reeleição reafirmou ser a favor da diversidade sexual.

Em várias capitais, como Salvador, todos os principais candidatos a prefeito assinaram o termo de compromisso da ABGLT. Em São Paulo, até ontem só Geraldo Alckmin (PSDB) não havia assinado o termo. Mas ele já participou de reunião com o segmento e deve assinar nos próximos dias. No Rio, o único a não integrar a lista é Marcelo Crivella (PRB), considerado o inimigo número dois dos gays no Congresso.

- O inimigo número é o senador Magno Malta (PR-ES) que vincula a pedofilia ao homossexualismo - explicou Toni Reis, presidente da ABGLT.

A pauta de reivindicações da associação lista 55 propostas em várias áreas. Uma delas é a inclusão do estudo da homossexualidade no currículo das escolas.

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