Balança fecha março com superávit de US$ 1,771 bi


A balança comercial brasileira fechou março com superávit de US$ 1,771 bilhão e se manteve praticamente estável em relação ao US$ 1,765 bilhão apurado no mês anterior. Segundo Welber Barral, secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o resultado manteve-se firme principalmente pela queda das importações, que acumularam retração de 19% no trimestre. Barral projetou também vendas externas de US$ 160 bilhões no ano, com queda de 20% em comparação aos US$ 197,9 bilhões registrados em 2008.

Corrente de comércio exterior cai 17,9%





- Diante da queda de 19% nas exportações no trimestre, na comparação com igual período do ano passado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) anunciou ontem a projeção oficial de vendas externas de US$ 160 bilhões para 2009.

A cifra representa uma queda de 20% na comparação com os US$ 197,9 bilhões registrados em 2008. Pelas previsões do Mdic, seriam exportados menos este ano US$ 37 bilhões. Essa seria a primeira queda nas vendas externas do Brasil desde 1997. O secretário de comércio exterior, Welber Barral, atribuiu o resultado à crise financeira mundial, "a maior desde 1929". O ministério não divulga a projeção para o saldo comercial do ano.

Em março, o saldo comercial atingiu US$ 1,771 bilhão. Ficou praticamente estável em relação aos US$ 1,765 bilhão apurado no mês anterior e bem maior que os US$ 988 milhões obtidos em igual mês de 2008. Segundo o secretário, o superávit comercial este ano ficou maior do que o de março do ano passado puxado, principalmente, pela queda das importações, que em igual mês do ano passado foram beneficiadas pelo o câmbio favorável. Barral atribui a queda à redução da demanda mundial, uma vez, que segundo ele, a crise reduziu em 17,9%, em média, a corrente de comércio exterior. "A crise na economia internacional reduziu em média 20% tanto as exportações como as importações (no trimestre)", explicou.

Com o aumento do saldo comercial em março, o acumulado do trimestre subiu 9,1% para US$ 3,012 bilhões, depois de apresentar US$ 2,761 bilhões em igual trimestre do ano anterior. No trimestre, as vendas externas totalizaram US$ 31,177 bilhões, o equivalente a uma média diária de US$ 511,1 milhões, uma queda de 19% sobre a do mesmo período do ano anterior. A receita das exportações entre janeiro e março deste ano ficaram abaixo dos US$ 38,690 bilhões apurados em igual trimestre do ano anterior, quando a média diária atingiu US$ 634 milhões. As importações também caíram. Os valores somaram US$ 28,9 bilhões, com média diária de US$ 461 milhões (-21%). Tal montante ficou abaixo dos US$ 35,9 bilhões apurados em igual trimestre de 2008 , com média diária de US$ 589 milhões.

Em março, as exportações somaram US$ 11,809 bilhões, o equivalente a US$ 536,8 milhões por média diária. As vendas externas caíram 6,37% sobre o mesmo período do ano passado e cresceu 23,1% em relação ao registrado em fevereiro. As importações tiveram o mesmo comportamento, ao somarem US$ 10,03 bilhões. Despencaram 13%em relação a março de 2008 e subiram 28,3% em relação ao mês anterior.

Apesar do arrefecimento das exportações, Barral informou que a situação do Brasil ainda é melhor do que a de outros países exportadores: na Rússia, a queda das exportações no trimestre foi de 43%, enquanto que nos Estados Unidos foi de 21,5%. Na China, 21,1%.

No trimestre, os produtos básicos atenuaram a queda das exportações, uma vez que a média diária subiu 1,7% sobre igual trimestre do ano anterior. Já as vendas dos semimanufaturados despencaram 22,9%. E os manufaturados recuaram 29,1%, puxados pelas vendas de aviões, com queda de 17,6%,o maior peso nas vendas totais do segmento. Já as vendas de automóveis passageiros caíram 43,6% e as de autopeças recuaram 41,1%.

Ele chamou a atenção para as vendas para China, para onde a média diária subiu 62,7% no trimestre sobre igual período do ano anterior. Apenas em março, o Brasil registrou superávit de US$ 508 milhões , um dos mais robustos desde agosto do ano passado, de US$ 580 milhões.

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