O Brasil não vai fazer como o México e não pretende usar a linha de crédito de emergência de bilhões de dólares aberta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O país fala até em conceder empréstimo ao Fundo, desde que não reduza as reservas e seja para ajudar países pobres. Foi o que disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que indicou que o Brasil tem interesse em reduzir a dependência em relação ao dólar na cena internacional.
Lula não se manifestou diretamente favorável à proposta da China de substituição da moeda americana como moeda de reserva global. Disse que quer ouvir do presidente chinês, hoje, em Londres, sobre sua proposta. Mas deixou claro que "a mim interessa que tenha mais de uma moeda de referência, que não fique apenas dependente do dólar".
O Brasil comemorou ontem pelo menos um ponto no G-20: na área comercial, conseguiu bloquear a tentativa dos países desenvolvidos de forçar um acordo de 12 meses pelo qual se comprometeriam a não a manter as tarifas aplicadas hoje - ou seja, o Brasil abriria mão de seu espaço para elevar alíquotas, como tem direito pelos acordos da Organização Mundial do Comércio.
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