Emergentes já captam US$ 3,6 bilhões em maio


A tendência formada no início de março, delineada pelo envio de recursos para mercados emergentes em detrimento dos países desenvolvidos, ganhou corpo durante abril e se sustentou no começo de maio. Segundo a EPFR Global, consultoria que acompanha a movimentação mundial de fundos de investimento, as carteiras voltadas para os diversificados Mercados Emergentes Globais (GEM, na sigla em inglês), América Latina e Ásia (ex-Japão) receberam US$ 3,6 bilhões na semana encerrada dia 6 de maio.

De acordo com a consultoria, a China é o principal fator motivador desta movimentação, assim como a resposta rápida dos emergentes aos planos de estímulo anunciados pelos governos locais.

A América Latina, em especial o Brasil, se beneficia dos sinais de recuperação da economia chinesa em função da posição como exportador de commodities. Na primeira semana do mês, os fundos com foco na região captaram US$ 713 milhões, melhor resultado do ano. Confirmando a visão positiva dos agentes externos sobre o Brasil, os fundos de ações focados no país captaram mais de US$ 1,7 bilhão nas últimas sete semanas.

Apesar do bom apelo dos ativos brasileiros, os dados mostram que o destaque segue com a categoria Ásia (ex-Japão), que recebeu US$ 1,62 bilhão no período. A subcategoria fundos de ações da China concentra a maior parte do influxo. A EPFR Global ressalta que esses veículos têm captação positiva em oito das últimas nove semanas, e em 29 dos últimos 30 dias.

Os fundos GEM receberam aportes de US$ 1,1 bilhão na semana encerrada no dia 6 de maio, enquanto os emergentes da Europa, Oriente Médio e África (EMEA, na sigla em inglês) reverteram as perdas do fim de abril, levantando US$ 136 milhões. A maior parte dos recursos foi enviado à Rússia, dada a exposição do país ao petróleo, e à Turquia, que costura um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Entre os países desenvolvidos, o destaque ficou com os fundos de ações do Japão. Os investidores resolveram dar uma chance à economia do país e mandaram US$ 164 milhões para as carteiras de ações japonesas. O valor parece mínimo, mas é a maior quantia já registrada desde o final de setembro de 2008. Já os fundos de ações dos EUA seguiram perdendo patrimônio, mesmo com alguns sinais relativamente positivos sobre o setor imobiliário e menor procura semanal por seguro-desemprego.

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