PSOL com o PDT


O PSOL encara com simpatia a proposta de coligação feita pelo deputado José Antônio Reguffe, indicado canidato a governador pelo PDT. Nem por isso deverá deixar de lançar um nome para o governo. O provável candidato do PSOL, Toninho Andrade ,explica que a legenda fixou a política de ter chapas próprias em todas as unidades da Federação. "Todo partido que quer crescer precisa fazer isso, precisa ter candidato próprio, para expor seu programa e sua bandeira. O próprio PT fez isso", lembra. Toninho admite que o PSOL tem como objetivo congregar alianças à esquerda. Isso não inibe, porém, a tese da candidatura própria. Se o PDT ficar mesmo à distância do Governo Federal e do governo do Distrito Federal, aos quais o PSOL faz oposição, uma coligação pode até sair. "Gostaríamos disso, só que com o Reguffe como candidato a vice", avisa Toninho.

Prioridade é eleger Maninha distrital

O objetivo maior do PSOL, hoje, é eleger deputada distrital a ex-deputada Maninha, seu maior trunfo eleitoral em Brasília. O partido precisa ter deputados como pressupostos para crescer e ocupar espaços. Será uma luta dura, admite Toninho Andrade. Pelos cálculos do PSOL, qualquer partido só elegerá um deputado distrital se conseguir o quociente eleitoral de 50 mil votos. Na eleição passada, quando concorreu a federal, Maninha obteve 56 mil votos. O partido não atingiu o quociente e ela ficou sem mandato. É normal que um candidato a federal tenha mais votos que o candidato a distrital. Mas o nome de Maninha tem amplo reconhecimento e o PSOL não afasta a possibilidade de que, mesmo concorrendo só, consiga atingir desta vez o quociente.

Reguffe promete independência

O deputado José Antonio Reguffe compareceu ao Encontro Democrático em que o PSOL escolheu seus representantes para o encontro nacional que definirá a estratégia do partido. Falando como candidato do PDT a governador, Reguffe fez um apelo pela unidade, garantindo que o PDT não irá as eleições alinhado com o Governo Federal – ou seja, com o PT, visto como principal adversário do PSOL – nem com o governo da capital.


Modelo foi ponto de partida para o PT

O modelo no qual o PSOL se inspira, em termos de estratégia eleitoral, é o do PT. Na primeira eleição do partido, em 1982, os petistas lançaram candidatos a governador em todos os estados. Até o atual presidente Lula disputou o governo de São Paulo. Teve pouco mais de um milhão de votos e ficou em quarto lugar, atrás do eleito Franco Montoro, do malufista Reinaldo de Barros e do ex-presidente Jânio Quadros. O partido só veio a pensar em coligações oito anos depois. A maioria dos candidatos petistas a governador teve votação insignificante, mas ajudou a puxar legendas. O PT elegeu, graças a isso, oito deputados federais, cinco deles em São Paulo. Aliás, três seriam expulsos por votar em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Eram Bete Mendes, Airton Soares e José Eudes.

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