O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se uniram em uma ação inédita e histórica. A Igreja Católica mobilizará suas pastorais e movimentos religiosos, além da rede de saúde e meios de comunicação, para sensibilizar os fiéis sobre a importância da testagem para aids na população geral e para sífilis entre as gestantes. Com slogan Declare seu amor por você, a campanha será veiculada para o público em geral.
“A parceria tem forte conteúdo de humanização na abordagem do problema. O desafio de ampliar a testagem, necessariamente esbarra em temas como o receio, o medo e o preconceito. Os trabalhos que as pastorais realizam são fortes na defesa da luta pela vida”, destacou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no anúncio feito nesta quinta-feira (22), durante o lançamento da iniciativa em Brasília. O evento contou com a presença do secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, e o bispo referencial da Pastoral da DST/Aids, Dom Eugênio Rixen, entre outros representantes da Igreja.
A parceria da CNBB com o Ministério da Saúde começa com um projeto piloto em cinco capitais: Manaus, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e João Pessoa. A iniciativa tem o objetivo de fazer com que as pessoas compreendam a necessidade de conhecer sua sorologia e busquem o teste antes que a doença se desenvolva. As paróquias que quiserem fazer mobilizações para testagem poderão contar com a rede pública de saúde que disponibilizará profissionais qualificados, testes, aconselhamento pré e pós-exame e encaminhamento à rede de assistência para os casos positivos.
Está prevista também a capacitação de integrantes das pastorais que aderirem à articulação. A Pastoral da Aids, por exemplo, está presente em 142 das 272 dioceses do Brasil e possui 13 mil agentes capacitados e envolvidos no trabalho de acompanhamento das pessoas com HIV e seus familiares. Na Pastoral da Criança são 260 mil agentes e na da Saúde 80 mil. Eles também poderão apoiar as ações de incentivo à testagem. “Além da estrutura de mobilização social favorável à Saúde, a Igreja alcança populações em áreas de vulnerabilidade e é um formador de opinião pública de grande credibilidade”, destaca o diretor-ajunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa.
Histórico
A partir das reflexões feitas no VII Seminário Nacional de Prevenção, realizado em outubro de 2008 em Brasília, a Pastoral da Aids, por meio da CNBB, entregou ao Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais uma série de recomendações. O documento mencionava a importância do incentivo ao diagnóstico precoce e sugere sua ampliação do teste de aids. Em função das sugestões, o Ministério da Saúde estabeleceu a parceria com a Igreja para oferecer a testagem ao público católico.
Embora o teste seja gratuito e esteja disponível na rede de saúde, as pessoas têm dificuldades para se testar. O diagnóstico precoce, associado ao tratamento, é um dos principais fatores para aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos soropositivos. Dados do Ministério da Saúde de 2008 mostram que cerca de 60% da população brasileira jamais se testou para o HIV.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, entre 2003 e 2006, 43,7% dos pacientes soropositivos que chegaram aos serviços de saúde já apresentavam deficiência imunológica ou quadro clínico de sintomas da aids. Desse total, 28,7% evoluíram para quadro clínico mais grave e morreram no início do tratamento. Atualmente, são cerca de 630 mil pessoas vivendo com HIV e aids no país. Deste total, estima-se que 225 mil pessoas no Brasil sejam portadoras do HIV e desconhecem sua condição sorológica.
“A parceria tem forte conteúdo de humanização na abordagem do problema. O desafio de ampliar a testagem, necessariamente esbarra em temas como o receio, o medo e o preconceito. Os trabalhos que as pastorais realizam são fortes na defesa da luta pela vida”, destacou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no anúncio feito nesta quinta-feira (22), durante o lançamento da iniciativa em Brasília. O evento contou com a presença do secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, e o bispo referencial da Pastoral da DST/Aids, Dom Eugênio Rixen, entre outros representantes da Igreja.
A parceria da CNBB com o Ministério da Saúde começa com um projeto piloto em cinco capitais: Manaus, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e João Pessoa. A iniciativa tem o objetivo de fazer com que as pessoas compreendam a necessidade de conhecer sua sorologia e busquem o teste antes que a doença se desenvolva. As paróquias que quiserem fazer mobilizações para testagem poderão contar com a rede pública de saúde que disponibilizará profissionais qualificados, testes, aconselhamento pré e pós-exame e encaminhamento à rede de assistência para os casos positivos.
Está prevista também a capacitação de integrantes das pastorais que aderirem à articulação. A Pastoral da Aids, por exemplo, está presente em 142 das 272 dioceses do Brasil e possui 13 mil agentes capacitados e envolvidos no trabalho de acompanhamento das pessoas com HIV e seus familiares. Na Pastoral da Criança são 260 mil agentes e na da Saúde 80 mil. Eles também poderão apoiar as ações de incentivo à testagem. “Além da estrutura de mobilização social favorável à Saúde, a Igreja alcança populações em áreas de vulnerabilidade e é um formador de opinião pública de grande credibilidade”, destaca o diretor-ajunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa.
Histórico
A partir das reflexões feitas no VII Seminário Nacional de Prevenção, realizado em outubro de 2008 em Brasília, a Pastoral da Aids, por meio da CNBB, entregou ao Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais uma série de recomendações. O documento mencionava a importância do incentivo ao diagnóstico precoce e sugere sua ampliação do teste de aids. Em função das sugestões, o Ministério da Saúde estabeleceu a parceria com a Igreja para oferecer a testagem ao público católico.
Embora o teste seja gratuito e esteja disponível na rede de saúde, as pessoas têm dificuldades para se testar. O diagnóstico precoce, associado ao tratamento, é um dos principais fatores para aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos soropositivos. Dados do Ministério da Saúde de 2008 mostram que cerca de 60% da população brasileira jamais se testou para o HIV.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, entre 2003 e 2006, 43,7% dos pacientes soropositivos que chegaram aos serviços de saúde já apresentavam deficiência imunológica ou quadro clínico de sintomas da aids. Desse total, 28,7% evoluíram para quadro clínico mais grave e morreram no início do tratamento. Atualmente, são cerca de 630 mil pessoas vivendo com HIV e aids no país. Deste total, estima-se que 225 mil pessoas no Brasil sejam portadoras do HIV e desconhecem sua condição sorológica.
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